segunda-feira, 3 de agosto de 2009

O Fim...




Diante de determinada notícia essa semana, me peguei pensando o quão frágil é nossa vida, nossa humilde existência.
Temos mania de pensar que a morte espera, que nossos planos são coisas que estão lá e só dependem de nossos esforços pra se concretizarem... E na busca de tais planos deixamos coisas “simples” de lado, coisas corriqueiras, mas que se pudéssemos imaginar nossa partida para o dia seguinte, ganhariam enorme importância.
Deixamos intrigas e brigas, por menores que às vezes sejam, nos afastem das pessoas que amamos. Organizamos nosso tempo e deixamos de lado, pra depois, as coisas banais que tanto temos vontade de fazer, porque sempre achamos que vamos ter tempo para tal...
O quanto deixamos passar, dessas coisas simples e banais, porque acreditamos num futuro tão incerto quanto a nossa própria existência? Será que não podemos perceber a fragilidade da nossa vida e como este controle esta fora das nossas mãos?
Será que o que fizemos até hoje, foi o que realmente queríamos ter feito? Será que fazemos hoje da nossa vida o que queremos ter como passado? E se tudo acabasse agora? O que nós fizemos? Quem nós amamos? Quem nós deixamos de amar? Aonde esta nossa atenção? Será que vamos levar daqui algo pelo que tanto nos sacrificamos?
Acho que embora vá de encontro com nosso consciente, o que tanto chamamos de vida é apenas mais um lance de dados, apenas mais um pouco do tão complexo e infinito caos que apenas o Criador compreende. Mas, afinal de contas, temos controle de que? Acredito que de nossas ações, nossas decisões e parte das conseqüências que delas resultam.
Se até mesmo a vida, que consideramos nosso bem maior, está mergulhada nesse caos, que tentemos construir algo com as oportunidades que temos, que moldemos esse caos e possamos contribuir para algo, algo maior que nossas vidas, algo mais concreto que esse joguete que pode acabar a qualquer momento. Que possamos construir algo “imortal”, e que nossos ideais e feitos se perpetuem e contagiem mais vidas, mais almas... Que imortalizemos nesse mundo carnal algo que seja tão abstrato quanto o tempo, que perpasse ele... E que estejamos em paz quando chegar nossa hora de partir, de encontrar O Criador.

2 comentários:

Thamires Ribeiro disse...

Muuuito bom o texto, lipeh... tem uma linha de pensamento que segue a sua... tem horas q a gente se acha eterno, e q até as coisas boas pode ser deixadas para amanhã... q saibamos viver, não esperando a morte, mas buscando a vida, pq quando o fim chegar, não vai ser em tom de partida, e sim em continuação do q faziamos por aqui dia após dia.. parabéns... saudade psicológo ;*

maira.trajano disse...

sim sim...
o ser humano em sua essencia,acha que tem controle de tudo,que pode fazer tudo ao mesmo tempo,mesmo deixando pra o amanhã...
O caos que falas,pode ser o que da sentido a vida...Se não existisse,ninguem iria querer viver,não se teria desafios,escolhas...seria monotono!
Devemos sim deixar algo para amanhã,melhor fazer um por um, com calma...para fazer bem feito e se ''perpertuar''...ai sim deixaremos marcas,mas não marcas materiais e sim na esssencia de cada um que viu,ouviu e soube absorver o aprendizado...e não importa a quantidade, e sim como passaste a mensagem e que oos que ouviram passem pra outros e sigam em frente...isso sim é o imortal,algo que sempre será lembrado,mesmo com a morte,algo que temos medos,será que é amanhã?não sabemos...só temos que viver...viver..
e com relação a pessoas que amamos, discordo da bela frase ''rir é o melhor remédio'' ta na cara que a amizade é o melhor remédio,pra que rir se por dentro nosssa alma esta doente?...
quero mais posts*-*