sábado, 27 de dezembro de 2008

Quem sou eu?




Tentar definir a si mesmo é uma pergunta egoísta que volta nossos olhares apenas para nossos próprios umbigos e que não tem utilidade nenhuma ao ser respondida. Quem sou eu? Um nome? Matéria? Alma? Talvez a pergunta não seja quem sou eu, mas sim: Porque estou aqui, porque eu existo?

Somos porque precisamos ser. Uma das coisas que sabemos com certeza em nossas vidas é que existimos, estamos aqui... Penso, logo existo! Então definições de quem somos realmente não são importantes, o que importa não é “quem sou”, mas sim, se existo, o que faço durante a minha existência, as atitudes que eu tomo que refletirão na minha vida e na de outras pessoas, de outras existências, afinal o ser humano é um ser social, e todas as nossas atitudes acarretam conseqüências sócio-históricas.

Não tenho o controle de tudo que me acontece e nem tenho conhecimento do motivo pelo qual estou aqui, porém, sei que estou e que logo não estarei, portanto, sabemos de certo que temos um tempo limitado, não se sabe quanto, mas a morte é outra certeza. Então sei que existo, que minhas ações trarão conseqüências (não só para mim, mas para outras existências) e que tenho tempo para decidir e tomar atitudes e decisões que moldarão o percurso da minha vida e possivelmente até de outras pessoas antes de minha hora chegar.

Portanto, ao invés de perder tempo tentando definir algo complexo e ao qual temos enormes limitações para refletir, ao invés de tentar se descrever ou usar artifícios narcisistas que valorizem nosso ego ou demonstrem realidades ilusórias que escondem nossas fraquezas e vaidades, seria melhor que nos concentrássemos no que estamos fazendo com nossas vidas, a parte concreta dela, como estamos vivendo nossas existências, como estamos influenciando as vidas dos que nos rodeiam e em como estará nossa consciência quando a “indesejada da gente” chegar.

Que não edifiquemos apenas obras, mas pensamentos e atitudes, que construirão grandes monumentos, não físicos, mas morais. Que nós não apenas passemos por nossas existências, mas que as vivamos e aproveitemos e, acima de tudo, que deixemos marcas inesquecíveis na história e no coração de inúmeras outras vidas que passaram, passam ou passarão por aqui...

Quem sou eu?
Eu sou apenas um rapaz latino americano..."